Importações limitaram produção e vendas domésticas de aço nos primeiros meses de 2024

18/06/2024 | Assessoria de Imprensa Aço Brasil

Indústria revê previsões após anúncio de medidas para conter entrada do produto

A escalada das importações de produtos siderúrgicos, verificada desde o terceiro trimestre de 2022, trouxe impactos negativos ao desempenho da indústria brasileira de aço nos primeiros meses de 2024. A produção de aço bruto cresceu 0,6% no acumulado de janeiro a maio, em relação ao registrado nos cinco primeiros meses de 2023, para 13,6 milhões de toneladas. Paralelamente, as importações de produtos siderúrgicos avançaram 26,4%, no mesmo período, atingindo 2,3 milhões de toneladas. As vendas internas aumentaram 1,9% no acumulado dos cinco primeiros meses de 2024, frente a igual período de 2023, para 8,3 milhões de toneladas. As exportações caíram 16,0%, para 4,2 milhões de toneladas. Puxado, principalmente, pelas importações, o consumo aparente subiu 5,1% na mesma comparação, para 10,3 milhões de toneladas.


Em junho, entraram em vigor medidas aprovadas pelo Comitê Executivo de Comércio Exterior (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), com a implementação do mecanismo Cota-Tarifa, visando conter a alta das importações de 11 NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul) de produtos siderúrgicos, aprovadas em abril. Dessas NCMs, nove se referem a itens produzidos por empresas associadas ao Instituto Aço Brasil e responderam por 43,1% das importações de produtos siderúrgicos em 2023. Ante a perspectiva de que as medidas estabelecidas pelo governo sejam eficazes, o Aço Brasil reviu suas projeções para 2024, em relação ao divulgado em novembro de 2023. Desta forma, para 2024, as previsões são de variação de +0,7% na produção de aço bruto, para 32,2 milhões de toneladas, frente a previsão anterior de -3,0%; +2,5% nas vendas internas, para 20,0 milhões de toneladas, ante previsão anterior de -6,0%; -4,2% nas exportações, para 11,2 milhões de toneladas, frente a previsão anterior de +1,3%; -7,0% nas importações, para 4,7 milhões de toneladas, ante previsão anterior de +20%; e +1,0% no consumo aparente, para 24,2 milhões de toneladas, mantida.


“Os primeiros meses de 2024 ainda registraram forte ingresso de aço no país, limitando o crescimento da produção nacional, que se manteve quase estável em relação a igual período de 2023. Esperamos que as medidas anunciadas pelo governo, em resposta às preocupações do setor, causem a reversão dessa tendência, considerando a expectativa de uma efetiva aplicação dos mecanismos de defesa comercial estabelecidos”, afirma Marco Polo de Mello Lopes, Presidente Executivo do Instituto Aço Brasil.


“É imprescindível que o sistema de Cota-Tarifa adotado pelo governo seja eficaz e atinja seu objetivo de bloquear as importações predatórias. A efetividade da medida é necessária para que o setor possa seguir contribuindo para o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável do Brasil, preservando investimentos e a geração de emprego e renda. A indústria do aço está à disposição para engajar-se no esforço de retomada do crescimento do nosso país e ser a base para iniciativas que se desenvolvam nas áreas de infraestrutura, saneamento, moradia, transportes e energia”, afirma Jefferson De Paula, presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil, Presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da ArcelorMittal Aços Longos e Mineração Latam.


ICIA


Em junho, o Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) atingiu 49,5 pontos, ligeiramente abaixo da linha divisória de 50 pontos. A análise dos dados mostra que há falta de confiança sobre a situação atual.

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