O mercado mundial de aço experimentou, em 2007, pelo sexto ano consecutivo, significativo crescimento ainda que com taxa menor do que a verificada em 2006. No Brasil, a siderurgia teve um ano de recordes na produção, nas vendas internas e no consumo aparente de aço. O Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) prevê para este ano produção de 34 milhões de toneladas, o que significa expressivo crescimento de 9,9% em relação ao ano passado. As vendas internas devem crescer 18%, atingindo 20,6 milhões de toneladas, enquanto o consumo aparente deve aumentar 19,7%, totalizando 22,1 milhões de toneladas.
Especificamente sobre aços planos, o incremento nas vendas internas (+17,8%) e consumo aparente (+20,5%) reflete principalmente os recordes mensais consecutivos de produção do setor automotivo, o desempenho positivo do setor de petróleo e gás, de máquinas industriais e agrícolas, assim como o maior gasto dos consumidores com eletrodomésticos. Já o desempenho do setor de aços longos deve-se sobretudo a um novo ciclo positivo no setor de construção habitacional, impulsionado pelo maior crédito imobiliário.
Apesar dos significativos aumentos de consumo verificados em praticamente todos os segmentos, estes encontram-se plenamente abastecidos. Parte desse abastecimento foi realizado com o redirecionamento das exportações. O volume exportado esse ano deve ser de 10,5 milhões de toneladas, 2 milhões de toneladas a menos do que o previsto e 15,6% a menos do que em 2006. Além do foco no mercado interno, o decréscimo deve-se também ao fato dos projetos de expansão voltados para exportação terem dado partida somente no 4º trimestre. Apesar desse decréscimo, a receita total prevista com as exportações brasileiras de aço em 2007, segundo o IBS, será de US$ 6,8 bilhões, representando uma redução de apenas 1,4%, em relação a 2006. O volume importado previsto é de 1,6 milhão de toneladas (- 12%).
PERSPECTIVAS 2008 - A expectativa para a siderurgia brasileira em 2008 é positiva. O IBS estima que a produção atinja a 37,6 milhões de toneladas de aço bruto, representando um crescimento de 10,8% em relação a 2007. Tal crescimento tem como objetivo atender as expectativas dos diversos setores consumidores, assim como manter significativas exportações. Estas devem atingir a 12,4 milhões de toneladas, representando um aumento de 17,9 %. Esse crescimento será possível devido em parte ao aumento da capacidade de produção com a entrada em operação de novos projetos de expansão. No final de 2007, a capacidade instalada da siderurgia brasileira atingiu a 41 milhões de toneladas.
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