Resultados 2005 e Perspectivas para a Siderurgia
19/12/2005 |
Assessoria de imprensa Instituto Aço Brasil
O Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) prevê que as empresas siderúrgicas terminem 2005 com produção de 31,6 milhões de toneladas de aço bruto, queda de 4,1% em relação a 2004. Em relação ao consumo aparente, a estimativa é de 16,9 milhões de toneladas (-7,9%), devido a queda na produção da maioria dos setores consumidores, em especial o da construção civil. Parte dessa queda é também atribuída pelo Instituto aos ajustes de estoques nos consumidores e distribuidores - que estiveram elevados no início do ano - às altas taxas de juros e baixos investimentos do Governo.
Em relação às exportações, a estimativa do IBS é fechar o ano em 12,6 milhões de toneladas de produtos, 5% de crescimento na comparação com 2004.
Em relação à receita, no entanto, haverá aumento de 26,4%, atingindo o recorde de US$ 6,7 bilhões, o que se deve ao enobrecimento do mistura de produtos exportado, com crescimento de produtos acabados e diminuição de semi-acabados.
As expectativas para 2006, de acordo com o presidente do IBS, Luiz André Rico Vicente, são otimistas. A previsão é de crescimento de 8,5% no consumo aparente e 4,1% na produção. Quanto às exportações, a expectativa é exportar 13 milhões de toneladas, tendo como base a previsão de aumento de 4% a 5% no consumo aparente mundial, puxado principalmente pela China, cujo crescimento deve ser de 10%. Apesar do aumento em tonelagem, a receita das exportações brasileiras poderá ficar aquém do registrado este ano, devido à expectativa de queda nos preços internacionais.
O comportamento dos preços internacionais é uma das grandes preocupações da siderurgia brasileira, em razão da tendência de queda, devido em grande parte ao posicionamento da China, que tem passado da condição de importadora para exportadora líquida de aço. Em relação a isso, o presidente do IBS destacou sua preocupação sobre a redução a zero das alíquotas de importação de três grupos de produtos siderúrgicos, através da Resolução Camex no 5, aprovada em março passado, num cenário de câmbio desfavorável à exportação brasileira.
O IBS já solicitou a retirada desses produtos da medida de exceção da TEC, até porque são poucos os beneficiados pela medida, sendo que para o principal deles, o automotivo, ela não significou qualquer alteração, pois este setor, na condição de grande exportador, pode utilizar amplamente o mecanismo de draw-back (tarifa zero de importação para o aço que será usado em peças voltadas à exportação).
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