Brasil
No Brasil, a exploração do ferro/aço sempre foi propícia devido aos minérios de Minas Gerais e as primeiras usinas começaram a se desenvolver após a chegada da família real portuguesa em terras brasileiras. Porém, o mercado começou a se desenvolver mesmo já no século XX, com o surto industrial verificado entre 1917 e 1930.
Em 1921, foi criada a Companhia Siderúrgica Mineira, que depois tornou-se Siderúrgica Belgo-Mineira após acontecer a junção com o consórcio industrial belgo-luxemburguês ARBEd-Aciéres Réunies de Bubach-Eich-dudelange. A década de 30 registrou um grande aumento na produção siderúrgica nacional, incentivada pelo crescimento da Belgo-Mineira que, em 1937, inaugurou a usina de Monlevade, com capacidade inicial de 50 mil toneladas anuais de lingotes de aço. Ainda em 1937, foram constituídas a companhia siderúrgica de Barra Mansa e a Companhia Metalúrgica de Barbará. Apesar disso, o Brasil continuava muito dependente de aços importados. Esse retrato foi alterado apenas em 1946 com a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda – RJ.
O ano de 1950, quando a usina já funcionava com todas as suas linhas, pode ser tomado como marco de um novo ciclo de crescimento da siderurgia no Brasil. A produção nacional de aço bruto alcançou 788 mil toneladas e tinha início uma fase de crescimento continuado da produção do aço no Brasil. Dez anos depois, a produção triplicava e passados mais dez anos, em 1970, eram entregues ao mercado 5,5 milhões de toneladas.
Na década de 90 era visível o esgotamento do modelo com forte presença do Estado na economia. Em 1991, começou o processo de privatização das siderúrgicas. Dois anos depois, oito empresas estatais, com capacidade para produzir 19,5 milhões de toneladas (70% da produção nacional), tinham sido privatizadas. Essas privatizações trouxeram ao setor expressivo afluxo de capitais, em composições acionárias da maior diversidade. Assim, as produtoras passaram a integrar grupos industriais e/ou financeiros cujos interesses na siderurgia se desdobraram para atividades correlatas, ou de apoio logístico, com o objetivo de alcançar economia de escala e competitividade.
Com uma história tão rica, o Brasil tem hoje o maior parque industrial de aço da América do Sul; é o maior produtor da América Latina e ocupa o sexto lugar como exportador líquido de aço e nono como produtor de aço no mundo.
Conheça a história da produção e exportação do aço no Brasil.